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Transverso Coletivo Muda

Cresci na Zona Leste de São Paulo e, na segunda metade dos anos 80, acompanhei de perto o surgimento do Graffiti, de grupos de pixadores, das turmas de baloeiros, dos movimentos punk, e da cena do skate. A rua é o berço da contracultura, das manifestações de juventude, da arte do improviso e do indivíduo que precisa gritar para o mundo. Nas últimas cinco décadas, a Street Art se adaptou à chegada de novas camadas de expressão artística. Vimos o estêncil de Banksy, os murais de lambe-lambe de OBEY, as instalações de Mark Jenkins e a maneira única de Vhils esculpir paredes. No Brasil, o Coletivo Muda transcende a efemeridade comum às técnicas clássicas da arte de rua. Fruto da fusão das bagagens profissionais de seus membros — vindos da arquitetura, do design e do Grafitti — eles reinterpretam a rica azulejaria portuguesa com o balanço das formas orgânicas da paisagem carioca.

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